A implementação de tecnologias avançadas de inteligência artificial (IA) tem se mostrado útil para a gestão de recursos hídricos em Campo Grande, por meio do geoprocessamento de imagens para o combate de perdas na distribuidora de água. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Universidade, por meio do grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) do Curso de Engenharia Elétrica da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng); a startup Damine Tecnologia LTDA, incubada na Pantanal Incubadora Mista de Empresas da UFMS; e a Águas Guariroba.

Uma utilização interessante de IA que não tem nada a ver com marketing tosco.

Matéria de Elton Ricci e Thalia Zortéa para o site da UFMS.

    • @nossaquesapao@lemmy.eco.br
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      23 months ago

      Uma coisa que tenho reparado é que universidades e instituições públicas têm absorvido um pouco do estilo empresarial das coisas, e isso me preocupa…

      Na minha universidade aqui, criaram um tal de polo de inovação e só se fala em startup, em criação de produto. Colocaram como requisito pra formação de vários cursos a entrega de produto tecnológico ( cursos de pós graduação da modalidade profissional precisam da entrega de produto, mas aceitavam artigos, material didático, produções culturais, etc, e agora só aceitam software, pedido patente, coisas do tipo)

      tenho também visto uns concursos públicos recentes com tópicos das matérias pra estudar que são praticamente coisa de coach

      Tem outras coisas também, mas não lembro agora. É algo que venho observando já há algum tempo. É basicamente o pensamento de que o setor privado é mais eficiente, então o setor público precisa imitar a cultura empresarial.

      • @obbeel@lemmy.eco.br
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        23 months ago

        É, o pior é que essas empresas que começam como startups fazem sempre serviços pro governo. O que é péssimo. Tem exemplos de empresas que nasceram na UFRJ, aqui no Rio, que agora vivem desses acordos com governos.

        É ruim porque uma divisão do governo, talvez a EMBRAPA ou a EMBRAPII, podiam fazer esse serviço. Criava uma pequena equipe que desenvolvesse esses aplicativos. Porque o QGIS e outros aplicativos open source (que provavelmente essas empresas vampíricas utilizaram) fazem a maior parte do trabalho. É uma rede muito grande que criou tecnologias que poderiam ser utilizadas diretamente pelo governo. Devem ter usado o OpenCV e o QGIS, mais uma WebUI, e aí já vira uma empresa que só serve pra sugar o reconhecimento e os recursos brasileiros.

        No máximo uma organização sem fins lucrativos, também valeria pra melhorar a gestão da burocracia.

        • MarteOPA
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          Português
          33 months ago

          Eu concordo. Esse movimento vem de uma reclamação antiga que a Universidade pública não prepara para o mercado de trabalho, inclusive por parte de alunos e ex-alunos. Como se isso fosse um demérito por si só. Talvez o problema seja o mercado de trabalho e não a universidade, risos.