Texto determina fornecimento gratuito de medicamentos à base da planta e incentiva pesquisas científicas sobre o canabidiol no estado.

  • Daemon Silverstein@calckey.world
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    14 days ago

    @stochastic_parrot@sh.itjust.works @minasgerais@lemmy.eco.br

    Embora eu, particularmente, advogo é pela descriminalização de uma vez, a disponibilização de CBD para casos medicinais é, sem dúvidas, um progresso (“Antes tarde do que mais tarde”). Até onde lembro (posso estar equivocado), grande parte do CBD medicinal é, ou acaba sendo, importado, sendo que o Brasil tem instituições que têm CBD. Agora é esperar e ver se o Zema, bolsonarista como é, vai aprovar.

    Eu sinceramente não consigo entender o preconceito contra a cannabis, principalmente na contemporaneidade. Há tantas coisas que provocam vícios piores, como doces (açúcar, o veneno moderno, responsável pela maioria, senão todos, os casos de diabetes) e bebidas (responsável por problemas hepáticos), mas em pleno século XXI ainda há “olhar torto” contra a cannabis por parte da sociedade e, também, por parte das autoridades, que inclusive também implicam com outros naturais como os cogumelos mágicos.

    Aqui inclusive faço menção off topic sobre uma operação que recentemente ocorreu em vários estados, incluíndo MG (suponho que, no caso de MG, tenha sido São Thomé das Letras em específico, já que é, inclusive, parte da identidade cultural de São Thomé), que levou à apreensão de cogumelos mágicos e detenção de pessoas, detenção essa aparentemente inconstitucional já que a lei/regulamentação não considera o cogumelo como “droga” nem a posse/porte de cogumelos como “tráfico” (e na realidade, as leis versam sobre plantas, cogumelos sequer fazem parte do reino vegetal e sim do reino Fungi). Há perspectiva de que isso suba pro Supremo Tribunal Federal mas, enquanto isso, há essa insegurança jurídica onde nem mesmo aqueles que pretendem buscar uma experiência mística sentem-se legalmente seguros em fazê-lo (mesmo com a suposta liberdade religiosa garantida pela Constituição, liberdade essa que não se limita ao cristianismo).

    Voltando à cannabis, que é o tema principal, há tantas formas de consumo (edibles, chás, etc), tanta variedade de espécies, que serviriam para tantos fins além de somente medicinais (religiosos, por exemplo)… Tipo, é literalmente uma planta que poderia compor uma horta com Erva-Cidreira/Capim-limão, Alfavaca (pensa num chá que dá sono haha), Maracujá, até mesmo a Chacrona (Psychotria viridis, com a qual se faz Ayahuasca; outra planta também alvo de preconceito)…

    …mas infelizmente há esse preconceito, que alçou as leis contra uma planta que existia antes dos humanos surgirem… Mantém-se uma custosa e mortal “guerra às drogas” (mais mortal que as próprias “drogas” que jura-se “combater”)… Mantém-se a hipocrisia onde o (geralmente) arquetípico bolsonarista, que adora aquela Pitú no final de semana e/ou usa aquele Marlboro pra pagar de “sargentão” de filme de velho-oeste estadunidense, não pensa duas vezes em apontar a cannabis como “destruidora da família/sociedade”, “coisa do diabo” (com o bônus do preconceito religioso contra Caminhos da Mão Esquerda), etc…