Acredito que seja justo e coerente que eu dê meu próprio relato – Pessoalmente sempre possui certa antipatia pelo ambiente religioso porque as regras morais estabelecidas pela crença cristã do catolicismo – vertente majoritária no meu seio familiar – faziam com que eu me sentisse ao mesmo tempo culpado e também injustiçado. Não nasci em um ambiente de abundância material, entendo porque meus parentes e vizinhos buscam conforto na espiritualidade. Em algum momento a minha antipatia pela intuição Igreja se transformou em uma crítica ao que ela representa e ao que ela defende. Durante alguns anos eu consegui conciliar o conhecimento científico com a doutrina religiosa, a Teoria do Big Bang com Gênesis. O tempo foi passando, primeiro me identifiquei como agnóstico e algum tempo depois de mais reflexão e estudo me enxerguei como ateu. Acho ter uma fé não é uma escolha, não apenas pelos fatores estruturais que levam uma pessoa a nascer em uma sociedade dominada pela crença X ou Y mas também porque nós enquanto indivíduos nem sempre podemos escolher acreditar em algo independente da existência ou não de provas. Seja de forma racional ou irracional. As pessoas que são devotas descrevem um sentimento que em jamais senti por nenhuma religião. E provavelmente jamais sentirei. É isso. Ficou uma bosta! (-“”-;)
Eu nunca fui religioso mas ocorreu comigo mais ou menos na mesma faixa etária, da adolescência até os 20 anos me considerada agnóstico após estudar um pouco mais e ter mais certeza das minhas convicções me tornei ateísta. Também enxergo o ateísmo não apenas como a não crença em divindades mas também como a concepção de que a humanidade não deve depender de uma moral religiosa para se guiar mas em uma base ética, entende? Também porque independente da existência ou não de um ou mais deuses eu rejeito os dogmas religiosos porque eles meio que me mutilam e mutilam outras pessoas – Mas o comentário sobre a Bíblia ter sido escrita pelo Silas Malafaia da época foi ótimo! X-D