• Nelson Sant'Ana
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    5 days ago

    Discordo, porque a maneira como foi produzida, as relações sociais envolvidas, e o custo em termos de soberania importam.

    Quem compra iPhone não está ajudando a classe trabalhadora. Ajuda sim o patrão. E ajuda a perpetuar aquele modo de produção exploratório. Se tudo pertence a classe trabalhadora, é lícito consumir produtos advindos de escravidão, de tortura, de todo tipo de violência? Penso que não.

    Se existe uma alternativa que empodere mais a classe trabalhadora, é melhor consumir esta.

    Esse drama de iphone é porque o consumista médio não quer ser responsável pelo seu consumo. Mas existe uma maneira de desarmar isso: O que é melhor, comprar produtos da agricultura familiar e do MST, ou comprar do agronegócio? Se tudo pertence a classe trabalhadora, é indiferente comprar de um ou de outro. Mas não é assim que agimos, não é? Muitos preferem, se tiverem oportunidade, comprar da agricultura familiar e do MST, tanto por motivos de saúde como por motivos de empoderamento a classe trabalhadora.

    Exatamente o mesmo acontece com qualquer produto, iphones inclusos. Portanto, não é porque tudo pertence a nós que tudo deve ser desejável por nós. Pertence a nós porque somos nós quem produzimos, porém isso não quer dizer que toda produção é desejável. Aquilo que advém de produções violentas deve ser evitado.

    • MarteA
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      Português
      14 days ago

      E aí, vamos todos jogar nossos smartphones fora? Última vez que chequei, simplesmente não há opção viável no Brasil (ou, honestamente, no mundo) que seja eticamente correta.